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04/02/2014

Doce de pão da vó Anaide


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Doce de pão da vó Anaide 1

               Já falei algumas vezes que minha avó materna, Anaide, era recicladora por natureza.
               E uma doceira de mão cheia.
               Era uma formiguinha. Herança da época dos engenhos, quando os doces das mesas brasileiras eram muito, mas muito mais doces do que hoje em dia.
               Algumas receitas ainda me espantam por causa da quantidade de açúcar.
               Esta também me espantou, mas nada que não possa ser contornado.
               Não há como preparar o doce sem colocar tanto açúcar. A calda não vai chegar no ponto.
               Mas há como diluir a calda no final do preparo, tornando o doce mais saboroso e saudável
               E de quebra, tornamos aqueles pãezinhos que sobraram de ontem tão apetitosos, quanto os que acabaram de sair do forno.
               Cada um no seu "estilo"!
               Para ver outras receitas com sobremesas, cuscuz e gelatinas acesse o Índice 6.


               Ingredientes:

               - 6 pãezinhos amanhecidos ou um pão para rabanada ou 1 bisnaga;
               - 1 kg de açúcar;
               - 500 ml de água;
               - canela em pau e cravos a gosto;
               - 2 ovos;
               - 500 ml de leite;
               - 500 ml de água filtrada;
               - água de flor de laranjeira ou 2 colheres (das de sopa) de rum.

               Misture o açúcar com a primeira medida de água, a canela e os cravos e leve ao fogo, sem mexer mais, deixando ferver até chegar em ponto de fio forte.

Doce de pão da vó Anaide 2

               Para saber o ponto de fio forte, mergulhe uma colher na calda e levante a colher, deixando a calda escorrer. Deve se formar um fio que não se rompe.
               Geralmente, quando a calda está chegando no ponto, as borbulhas ficam maiores e estouram mais lentamente.
               Bata as claras em neve e junte as gemas.
               Corte os pães em fatias grossas.
               Eu fiz com pão para rabanada, mas com pães franceses ou bisnagas o doce fica mais delicado, já que os pães incham quando mergulhados na calda.
               Passe as fatias de pão no leite e, em seguida, nos ovos batidos e coloque as fatias, lado a lado, na calda fervente.
               Deixe os pães cozinharem por 10' e vire-os.
               Deixe terminarem de cozinhar.
               Quando a calda estiver menos turva e os ovos tiverem desaparecido (vão ser incorporados pela calda) o doce está pronto.
               Passe as fatias para uma compoteira.
               Coloque a segunda medida de água na panela e deixe levantar fervura.
               Acrescente a água de flor de laranjeira ou o rum, desligue o fogo e despeje esta calda sobre as fatias de pão, na compoteira.
               Diluindo a calda e acrescentando a água de flor de laranjeira ou o rum, o doce fica menos doce e ganha novo sabor, sem perder a qualidade.



Água de flores

                As águas de flor de laranjeiras e de rosas nada mais são do que as essências destas flores ou mesmo o chá.
                Assim como as pedrinhas de misk, elas são usadas na indústria farmacêutica, cosmética e na culinária.
                Dentre as muitas funções terapêuticas se destacam o poder digestivo e calmante destas flores.
                São encontradas em empórios árabes, mas se você tiver rosas no quintal, que não tenham recebido agrotóxicos, pode fazer uma infusão com as pétalas.
                 Não misture pétalas de cores diferentes.
                 Use pétalas frescas ou secas.
                 Para cada 2 xícaras de pétalas, ferva 500 ml de água filtrada.
                 Higienize as pétalas, coloque-as em um vidro com tampa de rosca e despeje a água fervente por cima.
                 Deixe em infusão por 30', coe, deixe esfriar e guarde na geladeira por até 1 mês.
                 A de flor de laranjeiras pode ser feita do mesmo modo. Use flores de laranja azeda.

Para ver outras receitas com sobremesas, cuscuz e gelatinas acesse o Índice 6.


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11 comentários:

  1. Olá, minha amiga!

    Isso deve ser realmente bom!

    Bjs

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    1. E como é, minha linda.
      Feito por vovós, então... é imperdível.
      Beijão, querida.

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  2. :v Vou fazer esta receita, tenho certeza que é uma delícia!!!!

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    1. Tenho absoluta certeza de que você vai amar!!!!!!
      Seja sempre muito bem-vinda.
      Beijos.

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  3. estou feliz por encontrar este lindo blog,ja tinha visto por acasoe agora achei outra vez e desta vez quero seguir,ah é muito bom e sei que foi feito com muito carinho e capricho.

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    1. Muito obrigada por suas palavras.
      Realmente este blog é meu xodó.
      Se quiser, assine a newsletter e receba na íntegra as postagens à medida que forem publicadas.
      Assim, se você quiser, poderá arquivar as que mais interessarem.
      Seja sempre bem-vinda(o).
      Beijos.

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  4. Comi muito este doce na minha infância e tinha vontade de fazê-lo, procurei algumas vezes na internet mas só achava tipo rabanada , que bom que encontrei .Obrigado.

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    1. Fico muito feliz, Alberico.
      Essa é justamente a minha intenção: resgatar as nossas lembranças de infância.
      Sempre que eu posso procuro receitas preparadas por minhas avós e tias e fico alegre quando descubro que outras pessoas são alcançadas por estas receitas.
      Obrigada pelo comentário e seja sempre bem-vindo.

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    2. Já havia ouvido falar sobre suas receitas.São maravilhosas. No aguardo da tão famoso queijadinha.Eneida Vasconcelos não fala outra coisa. São divinas.

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    3. Olá, querido Anônimo. Que delícia de comentário! Muito obrigada.
      A Eneida Vasconcelos a que você se refere é a minha tia? Tem algumas receitas dela também por aqui. Qual seu nome?
      Muito obrigada pelo carinho e seja sempre bem-vinda(o).

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    4. A propósito, a queijadinha famosa é feita pelo meu irmão Auli Junior e a receita está aqui. u bem que tento fazer igual à ele, rsrsrsrs, mas ele é o mestre das queijadinhas e do pudim de coco. É a primeira receita.
      Abraços.

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