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24/05/2017

Manauê de milho verde


Arraste a setinha abaixo e use-a como marcador durante a leitura da receita ou das listas de índice.     


Manauê de milho verde 1

                Minha mãe conta que meu avô Amaro costumava comprar sacas de milho verde de tempos em tempos e minha vó Anaide passava horas ralando as espigas e preparando diversos pratos com a massa. Herança dos tempos coloniais em que havia uma diversidade grande de pratos na hora do café da manhã e da merenda da tarde, que substituía, muitas vezes, o jantar. Era o que eles chamavam de ceia.
               Nossa prima Nelma (prima-irmã de minha mãe) me pediu a receita de manauê de milho verde, mas a nossa geração não chegou a provar deste bolo específico. Então o jeito foi pesquisar na internet.
                Eu já conhecia o manauê de mandioca/aipim/macaxeira e o primeiro manauê de Recife que achei era de fubá, mas meio que descartei esta receita, por conta das história das espigas de milho.
                A minha mãe lembrou que a mãe dela fazia este bolo quando ainda morava no Recife e que quando ela chegou no Rio de Janeiro já não fazia mais. Por isso a minha geração já não conhece a receita da vovó.
               Achei algumas receitas na internet, inclusive uma que é de fubá, mas resolvi preparar uma de milho verde, mudando o modo de fazer, adaptando ao meu tempo disponível.
               É hora de fazer a ponte entre o passado e o presente!!!!!
               'Bora lá??????

               Ah! Resolvi inverter as fotos (normalmente eu coloco a foto do bolo inteiro primeiro e depois da fatia) porque este bolo, mesmo não levando ovo, cresce muito, cria uma casquinha e depois murcha. Então as bordas dele ficam irregulares e esteticamente esquisitas, mas resolvi deixar mesmo assim para que quem for fazer o bolo não se assuste com o jeitinho meio desengonçado da borda. Ele é assim mesmo e é muito gostoso.
               E é por isso também que a fatia parece um trapézio bem irregular, menor na parte interna e maior na externa.
               Uma pena que a minha mãe disse que não é o manauê da vovó.
               Mas que eu tentei, eu tentei!!!!!
               Para ver outras receitas de bolos, caldas, recheios e coberturas acesse o Índice 2.


Manauê de milho verde 2
 
                Ingredientes:

                - 10 espigas milho (milho novo);
                - 300g de açúcar;
                - leite grosso de 1 coco;
                - leite fino de 1 coco;
                - bagaço do coco fresco;
                - 5 colheres (das de sopa) de manteiga;
                - sal a gosto;
                - 1/2 litro de leite de vaca.

Manauê de milho verde 3

                O primeiro passo é preparar o leite de coco grosso e o leite de coco fino, o que é muito simples.
                Retire a água do coco e use-a para bater o coco picado.
                É preciso 250ml de água quente para fazer o leite grosso e mais 250ml para fazer o leite de coco fino.
                Geralmente 1 coco médio no ponto, rende cerca de 180ml de água. A água vai secando conforme o coco envelhece. Complete a medida necessária para preparar os leites com água filtrada.
                Quebre e descasque o coco, retirando a casca mais fina, interna.
                Aqueça a primeira medida de água até começar a ferver, mas não precisa borbulhar.

Manauê de milho verde 4

                Coloque o coco picado no liquidificador com os primeiros 250ml de água quente e bata bem.
                Forre uma peneira ou cuscuzeira com um pano de sacaria e despeje o coco batido.
                Esprema bem e reserve o bagaço.
                Este primeiro leite é o leite grosso.
                Aqueça os segundos 250ml de água, coloque o bagaço de coco no liquidificador e junte a água.
                Torne a bater e a coar no pano de sacaria.
                Este segundo leite é o leite de coco fino.
                Reserve os 2 leites e o bagaço.
                Descasque, lave e corte os grãos das espigas com uma faca.

Manauê de milho verde 5

                Como os liquidificadores domésticos tem uma capacidade de apenas 1 1/2l (além da margem de segurança) é preciso bater os grãos de milho em porções.
                Comece  separando os grãos em 2 metades (5 e 5 espigas) e novamente divida as primeiras 5 espigas em porções, batendo com o meio litro de leite de vaca. Coloque o equivalente à 2 espigas de milho no liquidificador e bata com o leite. Com o liquidificador ainda ligado, vá acrescentando mais grãos até terminarem as primeiras 5 espigas.
                Se começar a forçar o motor, despeje parte deste creme em uma bacia e bata os grãos restantes.
                Já acrescente o açúcar neste primeiro creme.

Manauê de milho verde 6

                Bata as 5 espigas restantes junto com os leites de coco (o grosso e o fino), fazendo a mesma coisa: coloque o equivalente a 2 espigas e o meio litro de leite de coco e, com o liquidificador ligado, vá acrescentando os grãos restantes.
                Conforme for ficando grosso, vá despejando a massa sobre a primeira massa de milho.
                Continue o processo até terminarem todos os grãos.
                Minha avó, se fizesse o bolo com grãos de milho, teria coado a massa em um pano de sacaria para reter todo o bagaço do milho, mas até que eu gosto de senti-los na massa, junto com o bagaço do coco.
                Quando estiver batendo a última porção de grãos, acrescente a manteiga e o sal.
                Misture toda a massa, a batida com o leite de vaca e a batida com o leite de coco.
                Junte o bagaço de coco, misturando bem, e coloque em uma forma de pudim de 25 cm de diâmetro ou em uma forma grande retangular 40 x 60, altas, apenas untadas com manteiga e leve para assar até dourar bem.
                Não gosto de dar tempo de forno porque este tempo vai variar de acordo com o tipo de forno (se é elétrico, a gás, se é de fogão de 4, 5 ou 6 bocas) e com o tipo de aquecimento, se é elétrico, a gás de botijão, de cilindro ou de rua, mas, usando a forma de pudim alta, um fogão de 6 bocas e gás de botijão, meu bolo levou 2h 20' para ficar pronto. Certamente se eu tivesse usado uma assadeira retangular, o tempo seria menor.
                  Apesar de não levar fermento, nem ovo, o bolo cresce muito enquanto está assando e conforme esfria, ele vai baixando e ficando mais firme.
                  Deixe esfriar totalmente antes de desenformar.
                  Algumas receitas de manauê são assadas sobre a própria palha do milho ou sobre folhas de bananeira, mas eu preferi usar a forma untada com manteiga.
                  E como eu não consegui a receita da minha avó, me baseei nesta receita daqui.

Para ver outras receitas de bolos, caldas, recheios e coberturas acesse o Índice 2.



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6 comentários:

  1. Gisele, a minha mãe fazia muito este bolo tipo "Manaue milho " ela levava ao fogo na panela e cozinhava ate engrossar antes de colocar na forma e levar ao forno,regava com o leite de Coco Grosso.
    Era assim mesmo que ela fazia sem fermento, ovos e murchava no final.

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    Respostas
    1. Olá, Ana Lúcia. Muito brigada pelas dicas. Vi algumas receitas que realmente são regadas com o leite de coco antes de ir ao forno.
      Os ingredientes são os mesmos?
      Vou testar este modo de fazer.
      Mais uma vez obrigada e seja sempre bem-vinda.🌹

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  2. Oi Gisele, meu pai era chef e ele fazia primeiro como se faz canjica ; esperava esfriar ; daí acrescentava os ovos, manteiga e levava ao forno ; regando de vez em quando com o leite de coco! Até assar!

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    Respostas
    1. Que delícia!
      Muito obrigada pela dica, amo aprender novos processos, principalmente receitas de família e, é claro, de quem fez tantas vezes.
      Vou experimentar depois coloco aqui o resultado.
      Mais uma vez muito obrigada e seja sempre muito bem-vinda.

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  3. Você é muito simpática ao aceitar as dicas de outras pessoas. Eu também sou assim e isso só acrescenta ao nosso mundo saboroso da cozinha. Eu amo Manauê desde criança, quando mamãe preparava essa delícia no São João, principalmente. Doces recordações. Eu também levo ao fogo, antes do forno. Estou escrevendo e sentindo a saudade da cozinha cheirosa de minha mãe. Abraços a todos!

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    Respostas
    1. Que delícia de comentário! Muito obrigada pelo carinho de suas palavras.
      Com certeza ouvir o que outros tem a dizer só acrescenta.
      E uma culinária bem feita, feita com carinho alimenta não só o corpo, mas também a alma e o espírito.
      Essas recordações como a da cozinha cheirosa da sua mãe nos sustentam por toda a vida.
      Mais uma vez muito obrigada por compartilhar suas lembranças. Despertou as minhas...
      Seja sempre bem-vinda.
      Abraços!

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