Ainda aproveitando a safra de goiabas, incluindo ai a minha goiabeira que deu muitos frutos este ano, preparei mais 2 doces, o mais simples e a goiabada cascão.
Doces de todos os tipos fizeram parte da minha infância.
Mariolas, doces em barra de todos os tipos, com a casquinha mais crocante ou macia, enfim, tanto os industrializados, quanto os feito em casa fizeram a nossa festa por anos.
Refazer estes doces trazem doces lembranças a todos nós e o sabor de um doce caseiro é inigualável. Principalmente quando é temperado com o carinho de quem faz.
Outra vantagem de se fazer em casa é que podemos fazer uma quantidade reduzida, só para matar a saudades dos bons tempos que não voltam mais.
Para ver outras receitas de doces, compotas e genéricos acesse o Índice 3.
Goiabada em barra:
- 1 kg de goiabas vermelhas;
- ± 1 kg de açúcar;
- 3/4 xícara (das de chá) de água.
Lave muito bem as goiabas e deixe-as de molho em uma solução de água e bicarbonato, na proporção de 1 litro de água para cada colher, das de sopa, de bicarbonato.
Deixe a solução agir por 10 minutos e lave novamente em água corrente.
Pique as goiabas e bata no liquidificador com parte da água.
Quanto mais maduras as goiabas estiverem, menos água será preciso e, consequentemente, menos açúcar.
Passe a polpa por uma peneira e meça a quantidade de polpa obtida.
Para cada medida de polpa, acrescente a mesma medida de açúcar.
Coloque a polpa e o açúcar em um panelão e leve ao fogo., mexendo de vez em quando.
Quando começar a aparecer o fundo da panela (veja a primeira imagem da foto abaixo), comece a mexer sem parar porque o doce pode começar a grudar no fundo da panela e vai queimar. Mexendo sem parar não há esse risco.
Continue mexendo até que consiga juntar todo o doce em um bloco, expondo o fundo da panela.
Para conferir se está no ponto, pegue uma porção do doce e coloque em um pires.
Vire o pires imediatamente, ao contrário do doce cremoso que precisa ser resfriado.
Note que mesmo virando o pires com o doce quente, ele não sai do lugar e o doce na panela também não tornou a cobrir o fundo.
Se o resultado foi esse, o doce está no ponto.
Se o doce escorrer e se o doce da panela tornar a cobrir o fundo, o doce está no ponto cremoso e não vai virar uma barra quando esfriar. Deixe mais um tempo no fogo, mexendo sempre.
Se já estiver no ponto, passe o doce para um pote, deixe esfriar, tampe e guarde em um armário ou na geladeira, por pelo menos 12 horas antes de desenformar.
Eu não forrei este pote com filme plástico porque fiz uma barra fina e costumo guardar no pote mesmo. Mas para desenformar o ideal é forrar com filme plástico, que vai facilitar muito o desenforme do doce (veja na receita abaixo).
Goiabada cascão
- 2 kg de goiabas vermelhas;
- 1 a 1 1/2 de açúcar;
- 3/4 xícara (das de chá) de água.
Lave muito bem as goiabas, em água corrente, e deixe de molho em uma solução de água e bicarbonato de sódio. Para cada litro de água junte 1 colher, das de sopa, de bicarbonato.
Coloque um peso em cima das goiabas para que todas fiquem mergulhadas na solução.
Deixe por 10 minutos e lave novamente em água corrente.
Retire as partes mais duras das goiabas, onde ficava o cabinho e as pétalas, e possíveis partes machucadas.
Separe entre 40% e 60% das goiabas, de preferência as menos maduras. Eu separei cerca de 50%.
Pique as goiabas restantes e reserve.
Corte ao meio as goiabas menos maduras e retire toda a polpa, com uma colher, colocando a polpa junto com as goiabas picadas.
Corte as goiabas das quais você retirou a polpa em pedaços médios, reservando também. Deixe-as com a casca. Aliás, não é preciso descascar nem estas, nem as que serão batidas no liquidificador.
Bata as goiabas mais maduras junto com a polpa das outras no liquidificador, com pouquíssima água. Quanto mais maduras as goiabas, menos água será preciso.
E quanto menos água e mais polpa concentrada, menos açúcar você vai precisar, deixando o doce mais saboroso.
Passe a polpa por uma peneira para remover as sementes.
Meça a quantidade de polpa obtida e coloque a mesma medida de açúcar.
Eu obtive 1 200 ml de polpa e juntei 1 200 g de açúcar.
Coloque a polpa e o açúcar em uma panela e leve ao fogo, mexendo de vez em quando.
Quando o doce encorpar, comece a mexer com mais frequência para que não grude na panela, queimando. O açúcar queima fácil.
Quando o doce chegar em ponto de doce cremoso (veja aqui), desligue o fogo e forre um pote com filme plástico.
Quando fiz o doce comum, não forrei o pote porque costumo deixar meus doces nos potes. Mas para desenformar, o filme plástico ajuda muito.
Coloque as goiabas reservadas na panela e religue o fogo.
Continue mexendo sempre, a partir de agora, e se quiser fazer o doce cremoso cascão, depois de 10 minutos desligue o fogo e passe para um pote sem filme plástico.
Se quiser fazer a goiabada cascão tradicional, continue a cozinhar a massa até que ela desprenda do fundo da panela, formando um bloco de massa.
Para testar o ponto, retire uma porção da massa e coloque em um pires.
Vire o pires a 90º. Se o doce permanecer na mesma posição, sem escorregar ou se mover, o doce está no ponto.
Note que o doce da panela também não se moveu, cobrindo o fundo da panela, mesmo enquanto eu tirava as fotos.
Passe o doce para o pote forrado com filme plástico.
Aguarde pelo menos 12 horas antes de desenformar o doce.
Para ver outras receitas de doces, compotas e genéricos acesse o Índice 3.
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