Como metade da minha família é nordestina, mais precisamente o lado materno, cresci comendo ou pelo menos vendo muito cuscuz de tapioca e de leite, que é feito com flocos de milho.
Digo vendo porque o cuscuz de leite não me apetecia muito, não.
Tanto não me apetecia que só aprendi a fazer o cuscuz de leite depois que me casei e foi a minha sogra, que é paraense, quem me ensinou.
Eu não gostava do cuscuz de leite porque eu não gostava de leite frio adoçado. Leite eu só tomava puro, gelado e sem açúcar ou com achocolatado. Portanto, a versão adoçado, gelado ou morno com o cuscuz de milho não me atraia.
Hoje já até aprendi a fazer a versão do cuscuz de milho salgado e aprecio muito.
Outros tipos de cuscuz eu só conheci há cerca depois que minha mãe foi morar em S Paulo.
Esta versão de cuscuz de tapioca quem me ensinou foi minha tia Eneida, irmã de mainha e é a minha preferida.
Já vi versões em que se coloca o leite para ferver e despeja-se sobre a tapioca colocada em um pirex, deixando-a hidratar, mas prefiro a técnica da minha tia Eneida.
O risco de se formarem grumos é menor.
Para ver outras receitas de sobremesas, cuscuz e gelatinas acesse o Índice 6.
Ingredientes:
- 1 1/2 l de leite;
- 400 ml de leite de coco;
- 2 xícaras (das de chá) de açúcar;
- 400 g de coco seco ralado;
- 500 g de tapioca granulada.
A tapioca usada é a granulada. Ela parece pequenos flocos irregulares de isopor.
Já houve um tempo em que a tapioca industrializada parecia bolinhas de sagu. A diferença é que o sagu são bolinhas lisas e me parece que o sagu verdadeiro é extraído de uma palmeira.
A tapioca tem grânulos irregulares e é um subproduto da mandioca.
Leve o leite de vaca, o leite de coco e o açúcar ao fogo e deixe ferver.
Separe o(s) recipiente(s) onde vai colocar o cuscuz pronto.
Podem ser formas de alumínio, com fundo removível ou não, ou potes plásticos com tampa.
Prefiro os potes com tampa porque não deixam o cuscuz ressecar na geladeira.
Misture, em uma tigela, 2/3 do coco ralado e a tapioca.
Reserve o coco restante para espalhar sobre o cuscuz pronto.
Quando ferver, misture a tapioca reservada e mexa, sem parar, até que o leite seja absorvido pela tapioca e forme um creme grosso.
Nota: se preferir, coloque a tapioca com coco na forma e despeje o leite quente por cima, mexendo de vez em quando, até que a tapioca absorva todo o leite. Prefiro continuar com a tapioca e o leite no fogo.
Mexa vigorosamente para que todos os grânulos de tapioca sejam hidratados pelo leite.
Quando a massa formar um creme grosso, passe para uma forma desmontável ou um tabuleiro, sem untar ou mesmo o pote plástico, espalhe o coco ralado reservado e deixe esfriar.
Leve para gelar.
Se colocou em forma desmontável, passe uma pequena espátula pela lateral, entre a forma e o cuscuz, para desenformar mais facilmente.
Eu gosto de colocar em potes com tampa.
Assim, meu doce não absorverá cheiros de outros alimentos guardados na geladeira, não ressecará e nem ocupará muito espaço na geladeira, já que poderei colocar outros potes empilhados.
Aliás, mesmo meus bolos cobertos de glacês ou marshmallow eu gosto de montar sobre as tampas de potes de plástico, transformando a parte do pote que geralmente recebe o alimento em tampa protetora.
E faço isso pelos mesmos motivos das sobremesas: manter a umidade, evitar odores indesejados e otimizar o espaço interno da geladeira.
Corte em pedaços e sirva.
Receita tradicional:
Ingredientes:
- 2 cocos secos;
- 4 colheres (das de sopa) de açúcar;
- 1 pitada de sal;
- 2 xícaras (das de chá) de água quente;
- 1 colher (das de chá) de erva-doce (opcional);
- 1 kg de tapioca.
Rale os cocos, adicione a água fervente e retire o leite grosso, coando a água com auxilio de um pano de sacaria.
Reserve o líquido para usar no final.
Divida o coco ralado em duas partes.
A uma delas, junte 1 litro de água fervente e esprema para tirar o leite ralo.
Reserve o líquido e despreze o bagaço do coco.
À outra, misture a tapioca, o açúcar e o sal.
Coloque a panela debaixo do cuscuzeiro no fogo, com água até a metade.
Se quiser, aromatize a água com a erva-doce.
Quando começar a ferver, coloque a mistura de tapioca em um guardanapo úmido, junte as pontas e coloque na parte superior do cuscuzeiro (se não tiver um, use um escorredor de macarrão que encaixe bem em uma panela).
Cozinhe por 20'.
Para saber se está no ponto, dê uma pancadinha com uma colher cuscuz.
Se produzir um ruído surdo, está pronto.
Retire do fogo e deixe tampado por 15'.
Vire o cuscuz em um prato meio fundo e derrame sobre ele, aos poucos, o leite ralo do coco reservado, adoçado a gosto, até umedecer bem.
Sirva acompanhado do leite groso para despejar sobre as fatias de cuscuz, já nos pratos.
OBS: para o cuscuz de milho, basta substituir a tapioca por espigas de milho verde raladas e/ou fubá de milho.
Nos parques, praças e feiras livres do Rio de Janeiro, os vendedores de cuscuz costumam colocar leite condensado cru sobre cada porção de cuscuz vendido.
Uma vez, minha filha mais velha, do alto dos seus 8 ou 10 anos, me pediu um pedaço de cuscuz de tapioca, na Quinta da Boa Vista, RJ, apenas para lamber o coco ralado com leite condensado, rsrsrs.
E eu descobri da pior maneira possível: ela me deu o pedaço de cuscuz depois de comer só o que a interessava.
O pedaço acabou no lixo.
Vamos combinar! Esta não é uma baba-de-moça comestível, argh!
Saudades, filha!!!!!!!!!!!!!!!
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gratidão.
ResponderExcluirObrigada.
ExcluirSeja sempre bem-vinda.
Bjs.
gostei muito das receitas e adoro cozinhar obrigado por me aceitarem.
ResponderExcluirQue bom que você gostou. Isso é o mais importante aqui.
Excluirseja sempre muito bem-vinda!
Beijos.
gostei muito das dicas
ResponderExcluirOi, Tatiele.
ExcluirQue bom que você gostou das dicas.
Seja sempre bem-vinda.
Beijos.
Faço o cuscuz de tapioca mas não vai ao fogo.e uso somente 1 litro de leite de coco para 500 g de tapioca granulada e fica👌👍
ResponderExcluirMuito obrigada pelas dicas.
ExcluirSeja sempre bem-vinda(o).
Estou adorando tudo!
ResponderExcluirQue delícia! Fico muito feliz e realizada com isso.
ExcluirMuito obrigada por teu carinho em comentar.
Seja sempre bem-vinda(o).