Ando muito saudosista do tempo em que podíamos colher mexilhões encravados nas rochas à beira-mar, desencavar sarnambis quando a onda revolvia a areia e perseguir tatuís apressados também expostos pelas ondas e que logo se escondiam novamente na areia.
Lembro de um natal em especial, em que fui com meu ex até a praia de Itaipu, mas eu não quis ficar por lá. Então resolvemos ir a pé até Piratininga, que sempre foi uma das nossas praias preferidas. No caminho, além de conhecer praias incríveis e, naquela época, quase inabitadas como Camboinhas (que paraíso que era!!!!!! O condomínio que hoje existe lá ainda estava em fase de aprovação e a população lutava para que não fosse aprovado.) também tivemos o prazer de encontrar uma pequena praia cujas rochas estavam totalmente cobertas de mexilhões enormes. Enchemos uma de nossas mochilas com os mexilhões. E logo preparei ao chegar em casa à noite.
A nossa caminhada????? Durou cerca de 4 horas, chegamos em Piratininga depois do meio-dia e só tivemos ânimo para dormir em uma gruta sobre o mar. Fantástico!!!!
Boas lembranças de um tempo em que ser feliz era muito simples.
Nunca gostei de comer tatuis, mas os mexilhões e os sarnambis (apesar da pouca carne, os sarnambis me encantavam também pela cor das conchinhas, além do sabor bem suave) me agradavam bastante.
Então eu quis fazer uma caldeirada com vôngoles e com mexilhões. Achei que com as fazendas de criação de mexilhões no sul do país seria fácil encontrar mexilhões aqui nas peixarias onde moro.
Ledo engano. Até que tem alguém que vende os mexilhões 3 vezes por semana, mas já são descascados e congelados. Não senti segurança em comprá-los.
Os vôngoles nem se ouve falar por aqui.
O jeito foi improvisar com camarões, lulas e complementar com cavaquinhas.
E ficou 'bão' demais!!!!!!!
Depois que fiz essa postagem (estava guardada a anos) minha filha começou a colher mexilhões nas encostas de Ubatuba e já fiz o arroz lambe lambe com eles. Mas é muito perigoso e embora ela goste de flertar com o perigo já pedi à ela para não repetir a dose.
Acho que ela me ouviu, sem contar com o fato de uma onda mais forte ter levado suas ferramentas e seu chinelo. Acho que ela entendeu o aviso...
Ingredientes:
- 1 kg de postas de cação;
- 300 g de lulas em anéis;
- 500 g de camarões;
- 2 cavaquinhas;
- 1 cebola cortada em rodelas;
- 4 tomates cortados em rodelas;
- azeitonas a gosto;
- cheiro verde a gosto;
- azeite;
- 1 colher (das de chá) de urucum em pó;
- molho de pimenta, pimenta do reino e sal.
Prepare a cavaquinha (veja como no final da postagem). Reserve.
Aqueça azeite a gosto e dissolva o urucum neste azeite.
Ingredientes:
- 1 kg de postas de cação;
- 300 g de lulas em anéis;
- 500 g de camarões;
- 2 cavaquinhas;
- 1 cebola cortada em rodelas;
- 4 tomates cortados em rodelas;
- azeitonas a gosto;
- cheiro verde a gosto;
- azeite;
- 1 colher (das de chá) de urucum em pó;
- molho de pimenta, pimenta do reino e sal.
Prepare a cavaquinha (veja como no final da postagem). Reserve.
Aqueça azeite a gosto e dissolva o urucum neste azeite.
Se preferir faça o azeite de urucum e tenha sempre em casa.
Desligue o fogo, prepare uma caminha para o peixe fazendo uma camada de fatias de tomate e outra de rodelas de cebola.
Arrume as postas de cação e algumas azeitonas.
Faça uma segunda camada de rodelas de tomates e de cebola por cima, junte 1/2 xícara, das de chá, de água, tampe e deixe o peixe cozinhar por 5 minutos. Lembre-se que peixes e frutos do mar cozinham rápido. Não gosto de dar tempo de cozimento, mas no caso dos peixes e afins é bom ficar atento(a).
Depois de 5 minutos coloque as cavaquinhas preparadas, tampe e cozinhe por mais cerca de 4 a 5 minutos.
A cavaquinha crua tem a cor branca meio translúcida e quando cozinha a cor fica de um branco leitoso. Então quando a cavaquinha começar a mudar o tom do branco é hora de juntar os camarões e as lulas em anéis.
Lulas e camarões devem cozinhar por 5 minutos no máximo. Depois deste tempo eles endurecem e já li em alguns lugares que para amaciarem de novo só cozinhando por mais de 35 minutos, o que desmancharia o cação, que ficaria cozido demais.
Cubra com cheiro verde deixe no fogo até as lulas e camarões cozinharem.
Cavaquinhas são chamadas primas pobres da lagosta, mas acho que ficaria mais simpático chamá-las de primas baixinhas das lagostas.
Cavaquinhas não tem as pinças que a lagosta tem.
Apesar da casca dura não é nem um pouco difícil prepará-las.
Lave-as muito bem sob água corrente (a torneira) e com uma escovinha.
Depois corte-a ao meio, com uma tesoura, começando pela parte inferior do corpo. O meio da cavaquinha já é bem definido tanto na parte inferior, quanto na superior.
Vire a cavaquinha e corte a casca ao meio também com a tesoura e quando a casca estiver cortada, corte a carne ao meio com uma faquinha, ainda sem separar a casca, para não soltar a carne da casca.
Retire a tripa com uma faquinha ou mesmo uma colher. A tripa é aquela massa de cor salmão bem clarinha, mostrada dentro do destaque amarelo (6ª imagem da foto acima).
Retire a tripa dos dois lados e lave para remover qualquer detrito que tenha ficado nesta área.
Uma outra forma de preparar a cavaquinha é colocá-la, depois de cortada e limpa como ensinado acima, em uma forma, regá-la com azeite e um pouco de sal e depois levá-la ao forno baixo por 7 minutos ou até que o branco da carne fique mais intenso e leitoso. Ao retirar do forno pincele manteiga de alho ou de ervas.
Fica a dica.
Desligue o fogo, prepare uma caminha para o peixe fazendo uma camada de fatias de tomate e outra de rodelas de cebola.
Arrume as postas de cação e algumas azeitonas.
Faça uma segunda camada de rodelas de tomates e de cebola por cima, junte 1/2 xícara, das de chá, de água, tampe e deixe o peixe cozinhar por 5 minutos. Lembre-se que peixes e frutos do mar cozinham rápido. Não gosto de dar tempo de cozimento, mas no caso dos peixes e afins é bom ficar atento(a).
Depois de 5 minutos coloque as cavaquinhas preparadas, tampe e cozinhe por mais cerca de 4 a 5 minutos.
A cavaquinha crua tem a cor branca meio translúcida e quando cozinha a cor fica de um branco leitoso. Então quando a cavaquinha começar a mudar o tom do branco é hora de juntar os camarões e as lulas em anéis.
Lulas e camarões devem cozinhar por 5 minutos no máximo. Depois deste tempo eles endurecem e já li em alguns lugares que para amaciarem de novo só cozinhando por mais de 35 minutos, o que desmancharia o cação, que ficaria cozido demais.
Cubra com cheiro verde deixe no fogo até as lulas e camarões cozinharem.
Cavaquinhas são chamadas primas pobres da lagosta, mas acho que ficaria mais simpático chamá-las de primas baixinhas das lagostas.
Cavaquinhas não tem as pinças que a lagosta tem.
Apesar da casca dura não é nem um pouco difícil prepará-las.
Lave-as muito bem sob água corrente (a torneira) e com uma escovinha.
Depois corte-a ao meio, com uma tesoura, começando pela parte inferior do corpo. O meio da cavaquinha já é bem definido tanto na parte inferior, quanto na superior.
Vire a cavaquinha e corte a casca ao meio também com a tesoura e quando a casca estiver cortada, corte a carne ao meio com uma faquinha, ainda sem separar a casca, para não soltar a carne da casca.
Retire a tripa com uma faquinha ou mesmo uma colher. A tripa é aquela massa de cor salmão bem clarinha, mostrada dentro do destaque amarelo (6ª imagem da foto acima).
Retire a tripa dos dois lados e lave para remover qualquer detrito que tenha ficado nesta área.
Uma outra forma de preparar a cavaquinha é colocá-la, depois de cortada e limpa como ensinado acima, em uma forma, regá-la com azeite e um pouco de sal e depois levá-la ao forno baixo por 7 minutos ou até que o branco da carne fique mais intenso e leitoso. Ao retirar do forno pincele manteiga de alho ou de ervas.
Fica a dica.
Para ver outras receitas com peixes e frutos do mar acesse o Índice 4.
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