Já publiquei uma receita bem parecida
aqui e agora resolvi modificá-la um pouquinho.
Esta é uma torta para aproveitar sobras de arroz e de frango, mas nem por isso menos deliciosa e nutritiva.
Aqui em casa gostamos muito de arroz feito na hora e sempre sobra um pouquinho que vai ficando em potinhos na geladeira.
De vez em quando faço muffins, canjas ou tortas para reaproveitar este arroz.
Também aproveito para utilizar a carne de carcaças de frango que costumo congelar.
Minha mãe morou muitos anos sozinha, em uma cidade diferente de onde moro, e costumava comprar apenas determinados cortes de frango.
Uma vez fui passar uma temporada com ela e fomos à feira.
Naturalmente ela comprou seus cortes favoritos: peito de frango com osso e sem osso e sobrecoxa.
O feirante, muito simpático, nos ofereceu carcaça de frango.
Nós ficamos meio surpresas, já que outros feirantes vendiam as carcaças e elas não tinham nada a ver com nossa escolha para a compra, mas aceitamos a gentileza dele, que nos explicou que preferia doar as carcaças a vendê-las.
Na época eu ainda não preparava habitualmente caldos em casa. Minha mãe foi criada a base de cubinhos industrializados de caldo, apesar da minha vó, minhas tias e até minha mãe cozinharem muito bem, e o apelo afetivo, especialmente quando moramos sozinhos, é muito grande.
Não preciso dizer (mas vou dizer mesmo assim) que fizemos uma bela canja e a partir dai eu passei a comprar o frango inteiro, porcionando-o de acordo com nossa necessidade e guardando a carcaça para fazer caldos, molhos de massas e recheios de tortas, pasteis e omeletes.
Anos depois, mamãe veio morar comigo, e éramos só nós duas, ela me pedia para preparar o caldo, coar e congelar em porções, que ela descongelava ao longo da semana acrescentando macarrão e este era o seu jantar.
Então, no final da postagem, vou incluir o meu modo de cortar e guardar o frango, para um aproveitamento completo, inclusive do tempo na cozinha.
Hoje moro com meus dois filhos, continuo porcionando não só o frango, como também carnes vermelhas e peixes.
Mesmo comprando carnes já cortadas, porciono e guardo de acordo com o consumo.
Tudo em prol da praticidade, da economia de tempo e dinheiro e até ajuda no caso de uma reeducação alimentar, já que porcionamos apenas o necessário para cada refeição.